Polímeros: Ciência e Tecnologia
https://www.revistapolimeros.org.br/article/doi/10.1590/S0104-14282013005000008
Polímeros: Ciência e Tecnologia
Scientific & Technical Article

Reciclagem de Embalagens Plásticas Flexíveis: Contribuição da Identificação Correta

Flexible Plastic Packaging Recycling: The Contribution of the Correct Identification

Coltro, Leda; Duarte, Leda C.

Downloads: 0
Views: 1530

Resumo

As embalagens têm rotatividade alta, pois acabam se transformando em resíduo sólido urbano após o consumo do produto de interesse. Por este motivo é importante que as embalagens apresentem o símbolo de identificação do material, a fim de facilitar a cadeia de reciclagem. Muitos produtos de materiais plásticos apresentam código de identificação da resina (normalmente um número de 1 a 7 dentro de um triângulo de três setas e sob o mesmo uma abreviatura), cujo objetivo é indicar o tipo de plástico do qual o produto é feito e auxiliar sua separação e posterior reciclagem e revalorização. Ou seja, tenta-se facilitar a recuperação dos materiais plásticos descartados com o resíduo sólido urbano. O objetivo deste estudo foi efetuar um levantamento de dados sobre os símbolos de identificação de materiais em embalagens plásticas flexíveis, para avaliar se o mercado está adotando a identificação corretamente ou se ainda existe falta de informação. Foi avaliado um total de 509 embalagens plásticas flexíveis para acondicionar produtos alimentícios e não alimentícios disponíveis no mercado brasileiro. Apesar de a norma brasileira ABNT NBR 13230 já estar em sua segunda revisão, ainda existe muita heterogeneidade na identificação das embalagens plásticas. Somente cerca de 50% das embalagens avaliadas apresentaram o símbolo de identificação da resina. Além disso, em alguns casos cerca de 30% das embalagens apresentaram a identificação do material de forma incorreta. Portanto, ainda existe informação errônea no mercado brasileiro sobre o tipo de material da embalagem plástica (incluindo ausência do símbolo de identificação), bem como falta de informação sobre o símbolo correto de identificação da resina. Ambos os fatores prejudicam a cadeia de reciclagem do plástico. Assim, a fim de facilitar a separação e reciclagem de embalagens plásticas flexíveis que contêm materiais distintos, por exemplo, folha de alumínio, é proposta a inclusão da identificação destes materiais na embalagem.

Palavras-chave

Embalagem, plástico flexível, reciclagem, alimentos, higiene, limpeza

Abstract

Packages have high rotation as they become municipal solid waste just after the consumption of the product. Therefore, packages should be labeled with identification of the material they are made of in order to help the recycling chain. Many products made from plastics show a resin identification code – usually from 1 to 7 inside a three-arrow triangle above a monogram – aimed at identifying the type of plastic the product is made of, and help its separation and later recycling. In other words, one aims to facilitate recovery of plastics discarded with the municipal solid waste. In this study we collected data on the resin identification code in flexible plastic packages to assess whether the guidelines for material identification are being followed. The data collection was performed in a total of 509 flexible plastic packages used for packing food and non-food products available in the Brazilian market. Even though the NBR 13230 Brazilian standard is already in its second revision, the resin identification code in plastic packages is still used in a very heterogeneous fashion. Approximately 50% of the packages had the resin identification code. Up to 30% of some packages showed incorrect material identification code. Therefore, misinformation still occurs in the Brazilian market concerning the type of material for plastic packaging – including lack of the resin identification code and incorrect form of identification code in the plastic packaging. Both of these problems have negative effects on the plastic recycling chain. We propose that other materials used in flexible plastic packages, e.g. aluminum foil, should also be identified, in order to make the separation and recycling easier.

Keywords

Packaging, flexible plastic, recycling, food, household, personal products

References

1. Datamark. - “Dados de Embalagem”, Relatório Brazil Pack 2009. Disponível em: . Acesso em: 26 maio 2011.

2. Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais - ABRELPE. - “Panorama dos resíduos sólidos no Brasil”, 201p. (2010).

3. Esmeraldo, F. A. - “Monitoramento dos índices de reciclagem mecânica de plástico no Brasil (IrmP)”, São Paulo (2008). Palestra. PMid:18455008.

4. Associação Brasileira de Norma Técnicas – ABNT. - “NBR 13230: Embalagens e acondicionamentos plásticos recicláveis – identificação e simbologia”, Rio de Janeiro, 8p. (2008).

5. Coltro, L. - “Embalagens Plásticas Flexíveis vs Meio Ambiente: Problema ou Solução?”, in: Curso “Embalagens Plásticas Flexíveis: Propriedades e Avaliação da Qualidade”, CETEA/ITAL, Campinas (2002). Palestra.

6. Al-Salem, S. M.; Lettieri, P. & Baeyens, J. - Waste Manag., 29, p.2625 (2009). PMid:19577459. http://dx.doi.org/10.1016/j.wasman.2009.06.004

7. Sadat-Shojai, M. & Balchshandeh, G-R. - Polym. Degrad. Stabil., 96, p.404 (2011). http://dx.doi.org/10.1016/j.polymdegradstab.2010.12.001

8. Kartalis, C. N.; Papaspyrides, C. D. & Pfaendner, R. - Polym. Dedrad. Stabil., 70, p.189 (2000). http://dx.doi.org/10.1016/S0141- 3910(00)00106-3

9. Tartakowiski, Z. - Resour. Conserv. Recy., 55, p.167 (2010).

10. Al-Salem, S. M.; Lettieri, P. & Baeyens, J. - Prog. Energ. Combust., 36, p.103 (2010). http://dx.doi.org/10.1016/j.pecs.2009.09.001

11. Sadat-Shojai, M. & Bakhshandeh, G. R. - Polym. Degrad. Stabil., 96, p.404 (2011). http://dx.doi.org/10.1016/j.polymdegradstab.2010.12.001

12. Achilias, D. S.; Roupakias, C.; Megalokonomos, P.; Lappas, A. A. & Antonakou, E. V. - J. Hazard. Mater., 149, p.536 (2007). PMid:17681427. http://dx.doi.org/10.1016/j.jhazmat.2007.06.076

13. Ross, S. & Evans, D. - J. Clean. Prod., 11, p.561 (2003). http://dx.doi. org/10.1016/S0959-6526(02)00089-6

14. Chilton, T.; Burnley, S. & Nesaratnam, S. - Resour. Conserv. Recy., 54, p.1241 (2010). http://dx.doi.org/10.1016/j.resconrec.2010.04.002

15. Shen, L.; Worrell, E. & Patel, M. K. - Resour. Conserv. Recy., 55, p.34 (2010). http://dx.doi.org/10.1016/j.resconrec.2010.06.014

16. Garcia, E. E. C. - “Política Nacional de Resíduos Sólidos”, in: Curso “Sustentabilidade na cadeia produtiva de embalagem”, CETEA/ITAL, Campinas (2011). Palestra.

17. Coelho, T. M.; Castro, R. & Gobbo Junior, J. A. - Resour. Conserv. Recy., 55, p.291 (2011). http://dx.doi.org/10.1016/j.resconrec.2010.10.010

18. Coltro, L.; Gasparino, B. F. & Queiroz, G. C. - Polímeros, 18, p.119 (2008).

19. Associação Brasileira de Norma Técnicas – ABNT. - “NBR ISO 14021: Rótulos e declarações ambientais – autodeclarações ambientais (Rotulagem do tipo II)”, Rio de Janeiro, 26p. (2004).

20. Brasil. “Código de Defesa do Consumidor. Lei 8.078/1990, de 11 de setembro de 1990. Dispõe sobre a proteção do consumidor e dá outras providências”, Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 12 set. 1990, Seção 3 (1990).

21. Sarantópoulos, C. I. G. L., Oliveira, L. M. & Canavesi, E. - “Requisitos de conservação de alimentos em embalagens flexíveis”, CETEA/ITAL, Campinas (2001).

22. Coltro, L. - “Simbologia de reciclagem para laminados de BOPP”, Relatório CETEA A219-1/08 – Final. CETEA/ITAL, Campinas (2009). Disponível em: . Acesso em 23 jan. 2012.

588371887f8c9d0a0c8b4945 polimeros Articles
Links & Downloads

Polímeros: Ciência e Tecnologia

Share this page
Page Sections